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domingo, 5 de fevereiro de 2012

Nick Diaz vs Carlos Condit por Diego Marcell




Mais uma vez a tendência forçada da supremacia estadunidense de vender seus supers-mans, que nada têm a ver com o homem que se supera apresentado por Nietzsche, mas que é a venda da imagem branca, caipira, texana, bélica de um país que necessita de artifícios para superar sua deficiência intelectual. Com suas emoções baratas, suas familiazinhas perfeitas, suas histórias de superação fabricadas para provar a um povo ignorante que eles são a melhor nação. Seria óbvio que o menino mau, que largou os estudos, que largou o idolatrado wrestling pelo brasileiro jiu-jitsu, o cara das ruas, das gangues, esse não poderia ser o representante do país no lugar mais alto, nem num futuro desafio contra o canadense. Lá deve estar o bom menino, o cara de anjo, o tradicional republicano.

Condit andou para trás, aplicou três chutes que não puderam causar estrago em Diaz, correu, como Forrest correu sendo testemunha das investidas de Diaz em tentar lutar, este o intimidou, aplicou golpes fortes, que fizeram mais sentido, numa tentativa de finalizar o jogo, enquanto o opositor aplicava chutes fracos como argumento para os árbitros poderem validar sua vitória.

Mais uma vez o UFC demonstrou que está longe de conquistar o que lhe é possível, com este bairrismo, com essa necessidade de montar o circo e entregar o pão ao seu povo, fica evidente a distancia que se encontra de um verdadeiro profissionalismo para validar o esporte que representa.

Diego Marcell
05-02-2012